terça-feira, 21 de setembro de 2010

Trainee - Processando o tanto de Processos

Diante de tantas escolhas escolhi por exclusão tentar entrar em algum programa de trainee.


Parece a escolha mais razoável para se tentar em início de carreira, o salário é bom, o aprendizado exponencial, sua colocação na empresa é promissora, entre outras promessas de ouro no final do arco-iris.

Tá, então comprei a idéia, me sujeitei á ordem capitalista e excludente do mundo. Teste infindáveis, online, em grupo, de línguas, de conhecimentos gerais, de lógica, que mais me parecem teste de paciência, corrida contra o tempo, quem melhor sabe usar o google e o tradutor virtual. Dinâmicas que me afligem o sistema nervoso, que nem as mais especializadas dicas de como se comportar nesses momentos surtem qualquer efeito. Meu pânico, ou meus defeitos sobressaem nessa hora. A comunicação informal travada, as análises superficiais. E quanto mais eu tento ser natural, bom, menos resultado parece dar.

Nesse jogo de quem engana quem, de ser compativel com os valores e perfil da empresa, as vagas limitadas, os gerentes exigentes, somente me sobrecarregam tanto de stress, quanto a conta bancária.

Ouvir "não" tantas vezes pode realmente te fazer duvidar do seu potencial. Justo quando você mais precisa ser confiante e acreditar. Só espero que tantas investidas ainda venham a compensar.

O que me contenta é saber que este é apenas o plano A, o destino é cheio de surpresas, e não seria a primeira vez que o rumo das coisas tomam um caminho nunca antes planejado, por mim pelo menos.

Sabe, que o post não foi para reclamar, me queixar como uma velha, ou pessoas ingratas, mas era algo que eu simplesmente não paro de pensar. É possivel que uma escolha no âmbito da sua vida realmente afete todas as outras, e hoje em dia eu sou só trabalho, ou pelo menos busca de um.

E eu escolhi entrar em algum programa de trainee, ainda posso maldizer essa escolha, me arrepender nunca, de qualquer maneira não esperava ser fácil, tão pouco sofrer tanto. Sabe-se lá o que vou aprender com tudo isso, mas o que eu vou ganhar tenho certeza, uma úlcera e um vício em calmantes.

domingo, 5 de setembro de 2010

Quem é vivo sempre aparece!

Faz tempo, mas eu ainda não morri. Meus último dias na Argentina? Maravilhosos, estressantes, bagunçados, felizes, tristes, perdidos...


Eu me despedia a cada dia de alguma coisa, do café Havana, da Catedral, do Joaquinito, das empanadas, do reggaeton...Eu fiz as coisas que ainda não tinha feito, como ir no museu de la Plata.

Descrever a Argentina é difícil, e nem ousaria fazer algo assim, tantas pessoas que a visitam e a conhecem que qualquer comentário meu poderia ser equivocado. Mas a minha experiência lá foi única, e o que esse país significa para mim ninguém vai poder comparar.

Aprendi muita coisa e construi muita coisa lá. Mais do que nada, ir para Argentina foi superar minhas expectativas, em vários sentidos. E o que fez tudo valer a pena? As pessoas seguramente.

Dedico então este post às pessoas, que conheci, que saí, trabalhei, desabafei, confiei, dei risada, tive crises, que me esperaram, que me escutaram, que ficaram no Brasil, que passaram.

Dedico este post à Argentina, à AIESEC, aos meus pais, aos meus amigos, à novas aventuras.

Faz quase um mês estou no Brasil, continuo a mesma Sara, perdida e indecisa, que sofre por nada, dramatiza tudo, encafifada com o peso, que deixa tudo para depois, mas agora com algo mais dentro de mim (não, não é um bebê, bate na madeira!), mas uma sensação e a crença de que algo eu trouxe de lá e também pude deixar minha contribuição, e pedacinhos do que eu sou.

Muitos me perguntam o que estou fazendo aqui agora, é simples, estou procurando o que fazer. Ainda não sei o que será de mim, quanto tempo mais ficarei em Piracicaba, se vou trabalhar ou estudar, ou o quê. Mas sabe, o tempo tem sido tão relativo e a vida tomado um curso que eu sinto que independente do que eu faça as coisas vão ficar bem. Preciso dessa confiança para seguir tentando, crescendo, construindo e me aventurando.

E uma coisa é certa, não penso em parar!

Beijos a todos, e esperem mais posts, direto da terra da pamonha.