segunda-feira, 21 de março de 2011

andei pensando...de onibus

Sabe quando você se sente totalmente sem assunto, mas com tanta coisa para contar?

Minha vida paulistana tem me pregado peças e ao mesmo tempo continua tudo meio que igual no incrível mundo de Sara.

Para variar mesmo com o compromisso do dia-a-dia eu não tenho rotina. Acho que não sei direito o que é isso na verdade, por que se você muda sempre não vira sua rotina simplesmente mudar?

Tenho me sentido meio bipolar esses tempos, mas me recuso aceitar a hipótese de alterações hormonais , não tem coisa mais irritante do que ser reduzido a sistemas biológicos.

Aí vai um pouco das minhas percepções dos meus últimos dias na grande cidade que tem muito mais que só pedra! (Tem pó, tem lixo, tem fumaça...)

Cada dia eu coloco meu relógio para despertar em horários ligeiramente diferentes, por exemplo, um dia as 7:15, outro 7:19, outro 7:06, totalmente aleatório, alias, nem tão aleatório assim, eu sempre revejo como foi minha manhã daquele dia, para ver se deu tempo, quantos sonecas eu dei, se dá pra por um pouco mais, ou estou mais lenta... e sempre mais de um relógio, porque as chances de eu jogar um deles longe, ou simplesmente desligar e voltar a dormir como se nada tivesse acontecido é bem grande.

E eu sempre estou atrasada do horário que eu planejei. Hoje eu fiquei 20 min procurando a chave de casa, e acabei encontrando no primeiro lugar que eu procurei, dentro da minha própria bolsa. Já saí pouco irritada, e ainda descendo do quarto andar sem elevador eu quase torci o pé. E toda vez que saio de casa eu vejo passar um dos ônibus que eu poderia pegar para ir pro trabalho, mas como eu tenho que cruzar duas faixas de sinais na rua eu acabo dando tchauzinho para eles. É realmente só atravessar a rua para chegar no ponto de ônibus, só que a bendita calçada é inclinada, e de salto aquilo é um desgraça!

Pegar ônibus é um capitulo a parte. Eu não sou fresca pra essas coisas, maasss, certas coisas me irritam. Eu odeio ir de pé em ônibus, odeio ter que caçar lugar para sentar, ficar na espreita pra ver quem vai descer no próximo ponto.E tem outra, eu fico enjoada, será que se eu falar que vou vomitar as pessoas deixam eu sentar?  E eu ainda me acho bem otimista, to lendo um livro novo agora e sempre levo na bolsa para ler durante o caminho. Isso só aconteceu uma vez. Hoje, como deu para perceber, meu dia de sorte, tive ainda que aturar o cobrador fazendo piadinha na hora do troco. Outro detalhe é que não importa o quão limpinha você esteja, eu chego me sentindo meio ligera no trampo, parece que o ar do ônibus impregna na roupa, o que provavelmente seja só coisa da minha imaginação. E quando alguém tosse ou espirra? Hahahahahahha dá um leve ataque de síndrome do pânico. Mas a gente mantém a compostura, sempre. Varias vezes desci em pontos errados, ixi, mas não hoje.

Algo que eu fico fazendo, além de tentar imaginar o que as outras pessoas quietas no ônibus estão pensando, é escrevendo na minha cabeça. Deixa eu explicar, eu tenho ideias de coisas para escrever, certamente já escrevi vários posts, mas nunca cheguei a por no papel, ou no caso, no PC para publicar na net. Mas na minha mente, tem cada historia legal minha gente. Pena que foram todas perdidas, porque com minha memória de peixe e imaginação limitada, já viu né. Uma coisa feia que eu faço também é ficar reparando na conversa dos outros, muito discretamente é claro, a não ser que eles estejam gritando, o que acontece na maioria dos casos. E eu sempre chego nas mesmas conclusões (como tem gente feia no mundo? Hahahahhaha esse não, porque já é um fato consolidado na minha cabeça, tenho minhas teorias polemicas sobre o assunto), como galera é sem noção e como eu sou ingênua.

Chegar no escritório finalmente é uma pequena tortura para mim. Que os altos executivos e vps não me leiam. Mas eu sinto que não sirvo para trabalhar, ou no mínimo viver em grupo. Tem coisa mais irritante do que ter que cumprimentar TODO MUNDO, TODO DIA?! Ois gerais deviam ser suficiente, tipo na segunda, e outro tchau na sexta, sei lá. O que eu faço? Falo oi para todos... a distância, fazendo contato visual, aquela abaixadinha de cabeça, ou mãozinha simpática, falando o nome de um ou de outro, e trato logo de sentar. É lógico que depois todo mundo que chega vem e dá beijinho.... fazer o que. Não me vejam com cara torta, eu sei que parece que estou reclamando o fato das pessoas serem legais no ambiente de trabalho e até fora dele. Mas meu lado das cavernas não aguenta isso, TODO DIA. Quem sabe um dia eu viro gente que nem eles!

Uma coisa eu gosto de chegar no trabalho... tirar tudo da bolsa, montar minha mesinha, meu note e fazer a lista das coisas que eu tenho que fazer no dia, atualizar emails, ver se tenho que receber alguma carta ou malote, comer o cafezinho de manhã de graça... gosto de fazer conference call, ir nas salas de reunião, passar meu crachá...

Daí começam as desgraças, chega minha carteirinha do plano de saúde, mas não o odontológico. Chegou meu cartão de visita, mas veio com o nome errado (BonE, isso porque eu mandei a correção!!!ufff, respira...) , consegui acesso ao sistema da comercial, eba! Só que 3 dias antes de sair da área, aaaaah....

Detalhe, eu diminui uns 3 tons na cor do meu cabelo, que para mim foi uma verdadeira life changing experience, e ninguém reparou (ok, só duas pessoa).

Detalhe 2, todo mundo in the Office, já me chama de Sarinha, eu não entendo da onde as pessoas pegam intimidade tão fácil assim, mas eu isso eu até curto, me faz sentir mais a vontade, mesmo que eu não chame ninguém diferente. E tem gente lá que acha que eu tenho 18 anos e por aí vai... ainda não cheguei a conclusão se isso é bom ou ruim. Mas faz eu me sentir meio velha.

Detalhe 3, eu sou conhecida como certinha, “nerdinha”, só porque eu não bebo, não fumo... e ainda anoto tudo, chegaram até perguntar se minha área fim ia ser finanças. hahahaha

E no final das contas são as próprias pessoas que salvam o dia. Uma das meninas me chamou para ir ao teatro com ela, vamos ver um balé de uma Cia. Alemã senão me engano (o nome é bem complexo para ser reproduzido ou pronunciado pela minha pessoa). Os meninos me chamaram para super aventura pré-convenção, opa, sou da turma já. E Happy Hour toda semana, até o ultimo que fez eu pegar conjutivite...

E hoje eu almocei hambúrguer e fiz o outro trainee me acompanhar, só porque eu tava de mal humor!






ps: Para quem ficou curioso (aposto que ninguem nem lembrava que eu mencionei um livro né) o livro eu comprei por total impulso numa conveniência de posto de gasolina. Chama: A força do absurdo, O que faz as pessoas tomarem atitudes irracionais no dia a dia. Tem sido interessante. Pena que eu to no meio de outros 4, tá virando doença isso.




Frase: “com açúcar até besouro faz mel”
Trilha sonora do blog: the kooks – Always where I need to be

terça-feira, 1 de março de 2011

Kids, back in 2010....

Gente eita blog mais abandonado! Ano passado tinha fortes promessas para os posts de final de ano. No fim nem contei para vocês do super réveillon na praia, nem do meu final de férias, nem dos meus primeiros dias de trabalho.

Me sinto mega charlatona, porque olhando 2010, não cumpri muita coisa que eu falei que ia fazer (em diversos aspectos). A conclusão é que para 2011 a meta é não fazer metas! Melhor dizendo, chega de promessas em vão, projetos pessoais que não levam a nada.

Digo isso porque, de agora em diante, pretendo apenas seguir em frente, pois as mudanças devem vir natural e gradualmente... mais como algo que se faz normalmente, virar sua rotina, do que criar expectativas e festivais que mais faz é aumentar a chance de falha. A ideia é partir pra prática!

Chega de procrastinação, metas absurdas (que eu mesma me impunha), pensar, por no papel e ficar por isso mesmo. Por exemplo, eu não precisaria prometer colocar fotos no blog se eu simplesmente fizesse o upload das minhas fotos da minha câmera que está na escrivaninha do lado, mas que eu tenho mó preguiça ou planejo na minha agenda mental que eu vou fazer isso apenas na sexta feira a noite. Deu pra entender a ideia?

Eu não preciso prometer regimes, fazer o ultimo dia de gorda no rodízio da nona e engordar 3 kilos antes de começar a não comer nada, atividade que dura no Maximo 3 dias. Eu posso simplesmente passar a pensar 2 vezes antes de comer 2 sobremesas, e um refrigerante ao invés de um copo de água.

Se eu não prometo também tem menos cobrança, menos estresse, logo, menos tempo na psicóloga! Até porque, ser melhor, ser diferente, para mim já é um esforço diário. Eu posso fazer menos drama, basta eu me concentrar um pouco antes de sair procurando uma corda para me enforcar.

Existem estudiosos que dizem que não cumprir metas ou sair da zona de conforto, nada mais é do que reflexo do medo. Medo de diversos tipos, de fracassar, de errar, entre outros, fazendo com que a pessoa prefira simplesmente não fazer nada (No meu caso eu acho que é preguiça mesmo).

Medo vai ter sempre galera. Meu maior acho que é do ridículo, mas daí depende da sua definição de ridículo, e de medo também. Na realidade eu simplesmente não quero que as pessoas pensem que eu sou mais burrinha do que eu sou de verdade. É pedir demais?

Enfim, eu já estou fugindo do ponto.

2010, foi um ano intenso, tenso, de forte emoções, decisivo, divisor de águas. Conheci muita gente, lugares, até língua. Fiquei perdida como sempre, mas a vida me guiou, como sempre.

Final de ano passou como um vento, e agora tá mais pra vendaval. Não fiz resoluções de ano novo (alias quem ainda lembra da sua ae?), mas isso não quer dizer que eu não tenha um plano e objetivo de vida, e que tudo não esteja sujeito a drásticas mudanças. Ao contrário.

Agora me despeço, sem mais, apenas com um até breve, quem sabe eu não posto de novo né?



Trilha do post: Placebo – the bitter end